quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A procura de um título...

Não sei se a influência do alinhamento dos astros, ou da lua cheia, do céu mais estrelado que já tinham visto, da praia deserta que acharam (aquela faixa de areia que ficava entre o mar e o maceió enquanto a maré ia secando), se a fusão de todos esses fatores (provavelmente) com a energia  que eles compartilhavam entre si que construiu uma cena digna de um sonho, que de tão perfeito ainda não tinha sido sonhado quando eles tiveram a sorte de vivê-lo.
Após o dia acampando resolveram pegar o vinho e ir a praia contemplar a saída da lua cheia e aquele local da praia onde o rio e o mar se encontravam era perfeito para tal situação. E ali sozinhos com toda a liberdade que podiam imaginar despiram seus corpos e almas para entregarem-se um ao outro onde pouco antes o mar e o rio o fizeram, e com a mesma intensidade de um fenômeno da natureza se jogaram no momento.
Entre os goles de vinho e a conversa, a saída da lua os calou por um momento, de tão perto parecia que a lua saía de dentro do mar como um farol para ilumina-los. E se ele tivesse o dom, pintaria a mais bela cena já vista por um ser humano, deitado sobre o corpo dela viu a lua sair por entre suas pernas, como se ela a parisse. Como não tinha o dom gravou em sua memória a tela que qualquer pintor sonharia em pintar. E sem conseguir mais controlar toda a força que os atraia um ao outro deleitram-se dos seus corpos. Não sentiam a areia, ou o frio...a chama que ardia em seus corpos e almas era o suficiente para não sentirem os contratempos que poderiam ter surgido. E sem medo com tamanho prazer gritavam e gemiam sem pudor. O que importava naquele momento era o prazer um do outro que se completava perfeitamente, seus corpos em tamanha sintonia pareciam ter sido feitos um pro outro sob medida. Foram para contemplar a lua e agora a lua que os contemplava nesse ato sublime.
Mesmo quando trocaram o cenário paradisíaco pela barraca a energia de seus corpos os impelia a não parar um segundo de se encaixar e reiventar. Declararam seus desejos um ao outro e assim construíram uma noite que nunca haviam sonhado existir, mas que acreditavam por tê-la vivido!

Consumaram assim uma noite inesquecível, merecedora de ser cantada, escrita e registrada, mas que ainda assim não seria perfeitamente representada como foi vivida. Um desses raros momentos eternos. Eterno não por não ter fim, mas porque seria impossível esquecê-lo e sempre que lembrassem sentiriam todas as sensações indescritíveis como se voltassem no tempo!

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